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Luiz F. Pondé - Movimento Monárquico – Hora e Vez

Luiz Felipe Pondé é doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) com pós-doutorado na Universidade de Tel Aviv em Israel. Um dos filósofos mais influentes do Brasil nas redes sociais que regularmente se posiciona sobre os mais diversos assuntos em seu canal no YouTube. Desta vez, Pondé comenta sobre a monarquia e o movimento atual no Brasil.             Pondé inicia com uma explicação dos lados positivos que ele vê na monarquia. Ele demonstrou compreender, mesmo que de forma simplista, o motivo de uma monarquia estar sendo proposta para o país. O sistema de freios e contrapesos estabelecido por um regime não-eletivo associado ao parlamentarismo democrático garante mais transparência ao governo e ao mesmo tempo estabelece uma democracia fundamentada suas bases de incentivo a relações de poder menos autoritárias.   Com sua visão de pontos positivos demonstrada, ele começa a questionar outros lados desta Forma de Governo.             O filósofo diz duvidar de algum
Postagens recentes

A imbecilidade do monarquista brasileiro

Se você faz uso da imagem bem construída de uma monarquia imaculada - onde os homens eram nobres, a classe política era honesta, o país era desenvolvido, a fé era respeitada e vivíamos em um período de vitórias consecutivas - tenho uma triste notícia: você é um boçal, um imbecil manipulado que foge de uma doutrina correndo de costas incessantemente atrás de outra que te faça sentir menos idiota. Em g rego, idios quer dizer “o mesmo”. Idiotes , de onde veio o nosso termo “idiota”, é o sujeito que nada enxerga além dele mesmo, que julga pela sua pequenez. Olavo de Carvalho O professor Luiz Gustavo Chrispino desabafou no seu último vídeo do canal Vlog do Professor sobre o comportamento que notou em grupos de monarquistas em que participou. Ele cita que monarquistas em geral estão mais preocupados em saber coisas fúteis como quem será a esposa de Dom Rafael ou qual será a capital do império. No entanto, sabemos que antes de escrever um texto devemos concebê-lo em nossa me

Análise da candidatura de Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Há monarquistas que sempre apresentam uma eventual constituição de um partido monarquista como uma possível saída para o impasse da restauração – hoje dependemos da boa vontade do congresso republicano para que tenhamos qualquer relevância no cenário político nacional. Mas será esse o caminho?          S.A.R. Dom Luiz Philippe de Orleans e Bragança, sobrinho de S.A.I.R. Dom Luiz de Orleans e Bragança (atual chefe da casa imperial), teve pré-candidatura a deputado federal anunciada pelo Partido Novo. A candidatura gerou uma ruptura entre o movimento monarquista: há quem defenda e quem não considera uma boa notícia.          Antes de detalhar a análise é importante dizer que Dom Luiz Philippe não é membro dinástico da Casa Imperial, ou seja, não pode herdar o trono. Como ele mesmo diz, já nasceu livre de qualquer compromisso com a agenda da realeza, apesar de apoiar uma restauração da monarquia por vias democráticas. Essa liberdade lhe foi conferida pela renúncia de S.A.R. Do

Resposta à Folha de S. Paulo: PSDB não é renovação

Que a Folha de S. Paulo desde sempre trabalha com manchetes tendenciosas e de interpretação ambígua, isto nós sempre soubemos. Desta vez, no entanto, vemos o jornal sair do padrão e utilizar de seu jogo de palavreado para atacar um movimento em ascensão: o ainda pequeno – porém surpreendentemente forte – movimento monarquista. A matéria inicia com uma descrição de uma decoração supostamente luxuosa de um “salão de pé direito-alto” para dar a entender um velho estereótipo da monarquia – um sistema de aparente ostentação e privilégios. A Folha chega a dizer que o ambiente do encontro tinha “ares aristocráticos”, que, apesar da clara tentativa de usar pejorativamente a definição de aristocracia (um exemplo da ambiguidade em sua metodologia descritiva), era a mais pura verdade. A aristocracia é a eunomia do governo de poucos. Sendo o contraposto de oligarquia, a aristocracia é o governo dos bons governantes, onde somente aqueles que são capacitados e especializados em suas fu

Gilmar Mendes sugere mudança para o parlamentarismo

Desde que a verdadeira delação do fim do mundo começou, a crise política que se propagou pelo país vem gerando diversos pedidos por alteração na constituição. A esquerda visa passar uma PEC para promover eleições diretas e pedir uma nova assembléia constituinte em seguida. Mas outra ideia veio se disseminando de maneira muito mais expressiva: a instauração de uma monarquia parlamentarista no país. Além da sugestão legislativa enviada ao senado, a qual a Imperatoria Diurna comentou em outra matéria, agora surge uma nova proposta, vinda de dentro do maior representante do sistema eleitoral brasileiro: o TSE. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes, defendeu a instauração do parlamentarismo no Brasil durante um seminário na Corte eleitoral. Segundo ele, o Brasil vive uma "tempestade perfeita" graças à combinação dos efeitos negativos da crise econômica por qual o país passava, apenas começando a superar com a crise política que explod

Devido à ignorância, mídia faz chacota do movimento monarquista

Através do programa Ideia Legislativa do Senado Federal - na qual cidadãos comuns podem criar sugestões legislativas para votação no senado - o carioca Rodrigo Brasileiro conseguiu reunir mais de 25 mil assinaturas para um projeto de referendo que visa restaurar a monarquia parlamentarista no Brasil, com o apoio de dezenas de páginas no Facebook. Com este número de votos, o senado agora é obrigado a discutir a sugestão. Apesar do crescente apoio nas redes sociais, o movimento monarquista ainda enfrenta um grande rival: mais de 120 anos de educação republicana nas escolas. Nossos livros de história sempre usam o termo "proclamação" como um eufemismo no momento de falar sobre o início da república. Poucos arriscam dizer o termo real: golpe militar. Graças a esta influência, o movimento de restauração não tem grande aceitação, pois a população crê que uma monarquia parlamentarista é algo retrógrado. A ignorância sobre o assunto fez com alguns veículos da mídia que